Papercraft ou pepakura é um método de construção de objectos tridimensionais a partir de papel, semelhante ao origami. Contudo, distingue-se em que a construção geralmente é feita com vários pedaços de papel, e esses pedaços são cortados com tesoura e fixados uns aos outros com cola, em vez de se suportarem individualmente.
Uma vez que os modelos de papercraft podem ser facilmente impressos e montados, a Internet tornou-se um meio popular para a sua divulgação.
Um software chamado Pepakura Designer é capaz de converter os polígonos de um arquivo em 3D para um modelo de papercraft o que facilitou que pessoas criassem seus próprios modelos.
Para completar vou posta a história do blender
O Blender é uma ferramenta que permite a criação de vastos conteúdos de 3D. Oferece funcionalidades completas para modelagem, renderização, animação, pós-produção, criação e visualização de conteúdo 3D interativo, com os benefícios singulares de portabilidade numa aplicação com cerca de 5MB!
Dirigido a profissionais e artistas desta área, o Blender pode ser utilizado para criar visualizações de espaços tridimensionais, imagens estáticas, bem como vídeos de alta qualidade, incorpora ainda um motor 3D em tempo real, que permite também a criação de conteúdo 3D interativo, para reprodução stand-alone.
Originalmente desenvolvido pela empresa ‘Not a Number’ (NaN), o Blender é agora desenvolvido como ‘Software Livre’, e o seu código fonte está disponível sobre a licença GNU GPL.
Baixe o Blender
Blender, como dito acima, é um software totalmente grátis. Além disso, ele é multi-plataforma, ou seja, compatível com diversos sistemas operacionais.
Você encontra a ultima versão estável do Blender disponível para download na página Get Blender no site oficial.
História do Blender
Quer conhecer a história do Blender? Como tudo começou, quando se tornou grátis e Open Source? Se você é um entusiasta deste programa, vale a pena ler:
Em 1988 Ton Roosendaal co-fundou o estúdio de animação holandês NeoGeo. NeoGeo rapidamente se tornou o maior estúdio de animação nos Países Baixos e um dos reputados a nível Europeu. No NeoGeo foram criadas produções premiadas (European Corporate Video Awards 1993 and 1995) para grandes clientes empresariais tais como a multinacional no ramo da eletrônica Philips. Na NeoGeo Ton foi responsável quer pela direção artística quer por desenvolvimento de software. Após cuidadas deliberações, Ton decidiu que o conjunto de ferramentas 3D utilizadas na NeoGeo era demasiado velho e incomodo de manter ou actualizar e necessitava ser reescrito do zero. Em 1995 deu-se início a esta tarefa que estava destinada a tornar-se naquilo que hoje conhecemos por Blender. Enquanto a NeoGeo continuava a refinar e melhorar o Blender, tornou-se claro para Ton que poderia ser utilizado como uma ferramente para outros artistas fora da NeoGeo.
Interface Blender 1.60
Em 1998, Ton decidiu fundar uma nova empresa chamada Not a Number (NaN) como um spin-off da NeoGeo, para desenvolver e comercializar o Blender. No núcleo duro da NaN existia o desejo de criar e distribuir uma aplicação de criação de conteúdos 3D compacta e multi-plataforma, de graça. Na altura este era um conceito revolucionário, já que as aplicações de modelação existentes chegavam a custar vários milhares de dólares americanos (US). A NaN esperava levar as ferramentas de qualidade semelhante ás usadas a nível profissional ao alcance do público geral. O modelo de negócios da NaN envolvia providenciar produtos e serviços comerciais em torno do Blender. Em 1999 NaN participou pela primeira vez na conferencia Siggraph, como um esforço de promover mais abertamente o Blender. Esta participação foi um enorme sucesso e atraiu a atenção quer da imprensa quer dos participantes presentes. O Blender foi um sucesso e o seu enorme potencial foi reconhecido!
Blender Conference (2005)
Vivendo o sucesso na conferencia Siggraph no início de 2000, a NaN conseguiu um financiamento de €4.5m. Esta grande entrada de dinheiro possibilitou a NaN a rapidamente expandir as suas operações. Em pouco tempo a NaN passou a empregar 50 colaboradores que trabalhavam por todo o mundo desenvolvendo e promovendo o Blender. No verão do ano 2000, foi lançado o Blender v2.0. Esta nova versão do Blender acrescentava um motor de jogo ao pacote de ferramentas 3D. No fim do ano 2000, o número de utilizadores registados no website da NaN ultrapassava os 250,000.
Ton Roosendaal (2008)
Infelizmente, as ambições e oportunidades da NaN não acompanharam as capacidades da companhia e a realidade do mercado da altura. Este sobredimensionamento da empresa conduziu a uma reestruturação, criando uma companhia (NaN) mais pequena, e com novos fundos provenientes de novos investidores. Seis meses mais tarde, foi lançado o primeiro produto comercial da NaN, Blender Publisherel. Este produto era dirigido ao mercado emergente de conteúdo 3D interativo para a internet. Devido ás vendas decepcionantes e ao contínuo clima de dificuldades econômicas, os novos investidores decidiram dar por terminadas as atividades da NaN. Isto também incluía cessar todo o desenvolvimento do Blender. Se por um lado existiam defeitos na actual versão do Blender, com uma arquitetura interna de software complexa, requisitos inacabados, e uma interface muito pouco comum, o apoio entusiástico da comunidade de utilizadores e de clientes que tinham adquirido o Blender Publisher no passado levaram a que Ton não pudesse deixar que o Blender desaparecesse e caísse em esquecimento. Uma vez que não era possível recomeçar a empresa com uma equipa de programadores suficientes, em Março de 2002, Ton Rosendaal fundou uma organização sem fins lucrativos, a Blender Foundation.
Blender Institute (durante o projeto Peach)
O principal objectivo da Blender Foundation era encontrar uma maneira de continuar a desenvolver e promover o Blender como um projecto Open Source. Em Julho de 2002, Ton conseguiu um acordo entre os investidores da NaN e a Blender Foundation para libertar o código do Blender como open source. A campanha “Free Blender” teria que reunir €100,000 para que a Fundação pudesse comprar os direitos sobre o código fonte e propriedade intelectual aos investidores da NaN e consequentemente libertar o Blender para a comunidade open source. Com um grupo de voluntários entusiástico, entre os quais diversos ex-empregados da NaN, foi lançada uma campanha de angariação de fundos para o efeito. Para a surpresa e deleite de todos, a campanha atingiu o seu objectivo de 100,000€ em apenas sete curtas semanas. No Domingo, dia 13 de Outubro de 2002, o Blender foi libertado para o mundo sobre a licença GNU General Public License (GPL). O desenvolvimento do Blender continua até aos dias de hoje conduzida por uma equipe de dedicados voluntários, de todo o mundo, liderados pelo seu criador original, Ton Roosendaal.
Você pode ver esta história em inglês nesta página do Blender.org. Na mesma página você também encontra algumas fotos do Ton Roosendaal (como as acima) .
Texto original disponível nesta página da Wiki do Blender.
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